TooCrazy é uma banda de hardcore e metal de Aracaju, SE, formada em 2017, inicialmente como duo.
Após uma pausa forçada pela pandemia, os integrantes voltaram a compor e decidiram que o duo precisava virar power trio.
Desde então eles já lançaram um disco cheio, “Chaotic” (2022), e dois singles, “The Plague Of Chaos” (2021) e o novíssimo “Litigium” (2022).
Pra conhecer melhor a banda e a cena em Aracaju, SE, conversamos com eles sobre isso e mais na entrevista que você lê a seguir.
Vocês podem falar um pouco sobre a banda pra quem não conhece?
Somos uma banda de hardcore de Aracaju, SE, formada em 2017 e utilizamos de várias influências em nossas composições. O mundo do metal extremo (thrash metal, grindcore e death metal) e o punk rock dos Ramones e Misfits estão entre as principais influências. Prezamos por velocidade, agressividade e peso.
A banda se formou em 2017, mas já passou por várias mudanças. Uma delas foi a transformação de duo para trio. Vocês podem falar um pouco sobre isso?
Iniciamos como duo de baixo (Yhuri Tojal) e bateria (Rodrigo Menezes). Com essa formação lançamos dois EPs, “EP #01” (2017) e “The War Inside” (2020), com influências de punk rock, rock and roll e uma pegada mais vintage. Logo após o lançamento de “The War Inside” veio a pandemia e a banda parou.
Nessa pausa começamos a compor e demos uma virada total no som, nos voltando para o mundo do metal e extremo. Em 2020, com as novas composições acontecendo, vimos a necessidade de incluir a guitarra e nos tornar um trio. Seguimos nesse caminho com Yhuri Tojal (guitarra), Bob Maloka (baixo) e Rodrigo Menezes (bateria) e alteramos o nome da banda de 2Crazy para TooCrazy.
Houve uma grande mudança na sonoridade da banda depois disso?
Com certeza. Com a entrada da guitarra, uso do pedal duplo na bateria e a utilização de uma nova linguagem, a banda saiu de uma pegada mais leve e cadenciada pra um som mais rápido e pesado com influências do hardcore clássico e metal extremo. Passamos a utilizar o vocal gutural, o que mudou totalmente o som.
As composições de “Chaotic” vieram todas depois dessa mudança?
Na verdade as composições do “Chaotic” foram as responsáveis pela mudança. Surgiu de uma forma bem natural, em menos de dois meses já tínhamos 60% do álbum escrito. Foi só uma questão de esperar as vacinas e o abrandamento da pandemia pra materializar os sons nos ensaios.
O nome “Chaotic” surgiu depois, e foi uma consequência das letras das músicas. Assim que nos reunimos como um trio, decidimos que teríamos que lançar um full album. Daí foi um trabalho duro de adaptação e composição até chegar na materialização desse trabalho.
Recentemente vocês anunciaram nas redes sociais que estão trabalhando em novos sons e em 2022 a formação da banda mudou novamente, né? Como tá sendo essa adaptação?
Passamos por duas mudanças no ano de 2022. O Rodrigo precisou se mudar pra Minas Gerais pra se dedicar à vida acadêmica e o Bob também saiu pra se dedicar aos estudos na área do audiovisual. No início foi bem difícil, pois o time era bem unido. Mas com a força de todos, ex-integrantes e os novos, conseguimos levantar a cabeça, manter a chama acessa e seguir com tudo.
Pra assumir as baquetas chegou o Joarlan Smith e o Ronald Invenção assumiu as quatro cordas. As composições continuaram e um novo trabalho sai agora no dia 20 de outubro. O single “Litigium” que será lançado de forma totalmente independente.
E como é a cena em Aracaju?
É uma cena muito rica em talentos. Temos ótimas bandas, desde as mais antigas até as mais novas. É uma cena bem ativa e que não para, sempre tem alguém movimentando e lançando novos materiais. Nos últimos dois anos houve um boom no surgimento de novas bandas, o que movimentou ainda mais a cena local. Praticamente toda semana tem shows na cidade.
Últimas considerações? Algum recado?
Só falar pra galera que apoiem o underground nacional. Tem muita coisa boa acontecendo e isso prova que o rock não morreu, tá firme e forte no underground.
A discografia de TooCrazy está disponível no Bandcamp e nas redes de stream.
Ex colaboradore das antigas Six Seconds e Calliope Magazine e alguns blogs de música. Resolveu fazer o próprio site enquanto não tem dinheiro o suficiente pra fazer uma versão BR do Audiotree Live.