Bus Ride Notes
Playlists

Playlists pra movimentar sua quarentena!

Uma coisa que sempre gostei de fazer é mixtape (talvez isso denuncie a idade…). Mils anos depois, com as facilidades das plataformas de streaming, as fitas cassete viraram links, praticamente sem limitação de tempo, e sem o risco de gravar uma coisa por cima da outra. (Se você é jovem e não pegou a referência: as fitas, assim como CDs e vinil, tinham uma duração específica pra cada lado, tipo meia hora. E, ao contrário das outras mídias citadas, a gravação não era “permanente”: você podia gravar, de propósito ou por acidente, coisas por cima das outras quantas vezes quisesse – ou quanto a fita magnética aguentasse). Enfim, @deus abençoe as playlists!

Daí quando trabalhei numa loja descolada, tive que aprender a adaptar a ambientação sonora (ou som ambiente, ou trilha sonora, como você preferir) com o tipo de público que tava ali no momento – sim, ~atacava de DJ, soltando uns indie modernos pros hipster e mandava ver no jazz quando entravam as senhorinhas. E assim precisei começar a fazer playlists (no saudoso Grooveshark) pra não perder muito tempo caçando coisas aleatórias, até porque tinha que >atender< essas pessoas, que era minha função real.

Bem, num certo ponto, já depois de véio, depois de ter feito ambientação sonora pra clientes variados, casamento, festinha das amiga e churras de Domingo; descobri que fazer playlists, pra mim, era um trem quase terapêutico. Acalmava as crises de ansiedade e, apesar de um certo nível de déficit de atenção, conseguia passar horas seguidas ali, amontoando músicas. E, por ser cheio dos TOCs e piras particulares, não demorou muito pra começar a fazer playlists temáticas. É, já não bastava mais ser por estilo musical, localização, ano de lançamento. Precisava ter TEMAS. Ai ai, viu.

O que eu quero falar mesmo é que a gente sabe que essa pandemia do Covid-19 tá sendo um período bem complicado. E é pra geral – quase 50% de todas as pessoas que habitam essa pequena esfera que flutua no espaço estão em quarentena. Muito se fala em ocupar esse tempo em casa (se vc puder ficar em casa, FICA EM CASA!!) com atividades diversas. Faz bem mesmo ocupar a cabeça pra não surtar. Tem curso online grátis, canal de TV liberado, aquele livro que tá empoeirado na sua prateleira, a louça na pia pra lavar ou uma nova receita de bolo pra aprender. Se nada disso faz seu tipo ou você é desses que simplesmente preferem música como sua companhia, ou mesmo se quer variar sua atividade de lazer, meu papo agora é contigo.

Como fazer playlist foi/é minha cura (ou ao menos anestesia) pra esses momentos ociosos/ansiosos, esse post foi feito pra te convidar pra participar das nossas playlists!
Aqui no Busão a gente é bem underground e curte muitas (muitas mesmo) bandas independentes, então essa é uma oportunidade de divulgar sua banda ou a banda da sua miga/broder. Criar e/ou participar e/ou espalhar playlists é uma boa forma de (a) conhecer novas bandas e (b) fazer com que novas pessoas conheçam seu som. Um apoio mútuo. E lembre também que as plataformas pagam (centavinhos, mas pagam) por stream – o que significa que é pra ouvir horrores sempre, inclusive quando acabar a quarentena. Tenha tudo isso em mente!

As listas a seguir são colaborativas, o que significa que você pode (e deve!) adicionar as músicas que quiser. Mas desde que sigam o tema, senão a gente vai excluir sim, belê? Vamo lá:

LANCHES foi a minha primeira playlist temática – e colaborativa. As músicas têm nomes de comidas, bebidas e afins. É como juntar amigs ao redor da mesa pra bater um papo e fazer uma refeição descontraída. Foi concebida durante um longo período de isolamento pessoal, vulgo desemprego.


Na chroma o tema são cores. Mesmo sendo daltônico, percebi muitos títulos de canções com esse assunto e claramente precisava fazer uma playlist pra agrupá-las. E aqui está.

Carregando o nome da clássica da Sleater-Kinney, call the doctor reúne músicas intituladas com doenças, sintomas, transtornos, remédios e tudo que couber nesse escopo.

Essa playlist é da Livia, na real. Foi criada pra ser uma “distração simples e rápida”, segundo ela. Jenny Drinks leva o título da música do The Interrupters e compila faixas que têm nomes de pessoas.

[EDIT Abril/2021] Obviamente nesse meio tempo fizemos playlists novas, afinal de contas por que não? São só duas, bora!

A covers não precisa de explicação né? Só chegar chegando.

E, pra finalizar, rain down some change on me (citação da amadíssima RVIVR) pra encarar o período de chuva – ou lembrar dela na seca que se aproxima.


Pessoalmente, ainda tenho playlists com os lançamentos do ano, bandas com quem a Xavosa já tocou, discografia do meu finado selo, entre várias outras, que nem vou citar pra não cansar mais.

Mas e aí, e você? Tem umas playlists massa pra compartilhar? Manda aí pra gente!


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