Pinscher Attack é um duo de Monte Azul Paulista, SP, formado em Novembro de 2018 por Thaysa e Danilo Zuccherato na bateria e guitarra.
A sua discografia é composta pelas “Canil Sessions” (que você pode assistir no Youtube) e quase todas as músicas têm letras sobre doenças mentais/emocionais.
Eles têm uma agenda bem diferente das bandas de interior, pois fazem uma das coisas mais legais que eu já ouvi falar: levar um gerador pra ocupar espaços públicos com shows (o que mais tem no interior é praça, né?).
Recentemente foi lançado o mini documentário “Guerrilha Gerador” em que a banda participa e fala um pouco sobre isso (você pode assistir ele ao fim desse texto).
Eles gentilmente nos cederam uma entrevista, que você lê a seguir:
Vocês podem falar um pouco sobre a banda pra quem não conhece?
Opa. Pinscher Attack aqui, somos um casal de HC rábico de Monte Azul Paulista – SP. Thaysa Zuccherato na batera e Danilo Zuccherato na guita e nos berros.
As Canil Sessions são o equivalente aos seus EPs, certo? Vocês têm vídeos delas e há pouco tempo colocaram os EPs nas redes de stream. Vocês podem explicar um pouco mais?
Sim, são séries equivalentes aos EPs. Quando começamos não queríamos colocar o áudio nas plataformas, pensávamos que não iriam escutar, queríamos ter tudo já com vídeo, mas algumas pessoas que curtiam os vídeos queriam ouvir off-line e falavam que não tinha como, aí colocamos nas plataformas e Bandcamp.
E cada uma delas tem um tema, certo?
Sim. Cada série tem 3 capítulos ou 3 músicas sobre o mesmo tema.
As animações pro EP/Session “Suicida” foram feitas por vocês mesmos? Ela foi a primeira Session, não?
Isso mesmo. Nosso primeiro trampo é animado pelo Danilo. Gostamos muito do resultado. Bem manual, cru e simples.
Vocês empregam bastante artes plásticas na estética da banda, podem falar um pouco sobre?
A Thaysa é artista visual, pra nós não há como desvincular a arte da vida, por isso utilizamos a arte em tudo e não poderia ser diferente na banda. Nossa casa é um ateliê.
A agenda de vocês é bem cheia pra uma banda do interior, como vocês conseguiram isso?
A maioria dos nossos shows são guerrilhas que nós mesmos organizamos com nosso gerador em cidades diferentes aqui em nossa região. Juntamos algumas bandas que topam a ideia, correr o risco e mandamos ver. De uns 15 rolês tivemos que parar por conta da polícia só uma vez, mas foi tranquilo e acabou numa boa.
Isso me leva a uma pergunta que tenho feito demais, mas é impossível não perguntar: a cena tem mudado muito nesses últimos anos, como estão as coisas no interior de SP?
Tá a mesma coisa. Casas abrem, casas fecham. Bandas começam, bandas acabam. Uma coisa que reparamos muito é que falta tesão nas bandas mesmo. Curtir ensaiar, gravar e ter a banda mais como prioridade na vida deles, nem que for um hobbie, mas um hobbie levado a sério, feito com o mínimo de organização e respeito.
Últimas considerações? Algum recado?
Valeu demais pela préza. Ficamos felizes pra kct. Valeu mesmo!
Ouça Pinscher Attack no Bandcamp ou nos sites de stream:
Documentário “Guerrilha Gerador”:
Ex colaboradore das antigas Six Seconds e Calliope Magazine e alguns blogs de música. Resolveu fazer o próprio site enquanto não tem dinheiro o suficiente pra fazer uma versão BR do Audiotree Live.